Como reduzir gastos com a energia reativa? Aprenda aqui!

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Você anda preocupado com os gastos com a energia reativa na sua empresa? Ou nem sabe muito bem por qual razão ela é cobrada e se há maneiras de economizar para evitar que esse custo apareça na sua fatura de energia?

Não se preocupe! Neste artigo indicamos tudo o que você precisa saber sobre a energia reativa, incluindo as melhores recomendações para reduzir os gastos com ela, o que ajuda bastante nas despesas do seu negócio. Acompanhe!


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Qual é a diferença entre energia ativa e reativa?

Uma série de equipamentos — a maioria deles muito comuns em indústrias, como motores, reatores, transformadores e fornos — depende de dois componentes quando pensamos na energia elétrica que os abastece: o componente ativo, que é mais conhecido como energia ativa, e o componente reativo, geralmente chamado de energia reativa.

Cada um desses tipos desempenha uma função, igualmente importantes. A energia ativa é aquela que efetivamente faz o equipamento funcionar e é convertida em movimento ou calor, por exemplo.

A energia reativa é tão necessária quanto, mas menos conhecida: ela é a responsável pela formação de campos magnéticos nesses equipamentos, sem os quais eles não funcionariam de forma satisfatória.

Mas de onde vem essa energia reativa? Numa indústria, boa parte dos aparelhos são geradores de parcelas da energia reativa. Ou seja, uma parte da energia consumida por esses equipamentos não produz nenhum trabalho útil (como calor ou movimento), mas estão lá garantindo a formação do campo magnético necessário para o funcionamento de determinados dispositivos.

Ainda assim, as próprias linhas de transmissão e distribuição de energia garantem parte do suprimento de energia reativa. De qualquer forma, a recomendação é sempre que a fonte dessa energia reativa esteja dentro da própria instalação industrial, como explicaremos mais a seguir.

Como a energia reativa aparece na conta de luz? 

A diferença entre energia reativa e energia ativa seria apenas uma curiosidade para a maioria de nós se não fosse um detalhe, que pode ser bastante indigesto: ela aparece na fatura de consumo de energia elétrica.

Como já reforçamos, a energia reativa não é convertida em nenhum trabalho, embora seja importante para garantir a geração de campo magnético necessário ao funcionamento correto.

Justamente por não realizar trabalho, o excedente de energia reativa não aparece como consumo nas faturas. Logo, normalmente essa ineficiência é cobrada como uma multa, conforme prevê a resolução 414 da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica, que regulamenta o mercado de energia).

Além da questão financeira, ela pode gerar um gargalo nos sistemas de distribuição de energia elétrica mantidos pelas concessionárias, “ocupando” um espaço que poderia ser utilizado com energia ativa — aquela que faz efetivamente os equipamentos funcionarem.

Além disso, o consumo excessivo de energia reativa obriga que as unidades geradoras produzam quantidades adicionais de energia, que não seriam necessárias se a demanda de energia estivesse adequadamente dimensionada.

Por isso, as distribuidoras podem, sempre que necessário, embutir custos extras na fatura de energia como forma de indicar aos consumidores que eles estão consumindo energia de forma ineficiente.

Vale ressaltar que os consumidores residenciais (unidades geralmente ligadas em baixa tensão) geralmente estão isentos dessa cobrança, que recai principalmente sobre as unidades consumidoras comerciais e industriais (unidades geralmente ligadas em média tensão).

O que significa a sigla KVArh

KVArh é a sigla para quilovolt-ampère-reativo-hora e expressa a quantidade de energia que circula entre diferentes campos magnéticos de sistemas de corrente alternada sem, no entanto, produzir trabalho.

O kVArh não é tão conhecido quanto o kWh, mas é importante entendê-lo, principalmente quando estamos falando da energia reativa, já que é assim que ela aparece indicada nas faturas de energia.

COMO ECONOMIZAR COM A ENERGIA REATIVA? 

Felizmente, é possível tomar atitudes que visam reduzir o consumo de energia reativa, evitando as cobranças indesejadas relacionadas a esse quesito. Então, acompanhe as principais estratégias para solucionar esse problema.

Corrija o fator de potência

O fator de potência estabelece a relação entre energia ativa e energia reativa. Ele indica a diferença entre o consumo aparente (consumo de energia ativa e reativa) e o consumo efetivo (consumo de energia ativa). Com isso, é possível estimar com um grau de eficiência a energia que está sendo consumida.

A relação do fator de potência varia sempre entre 0 e 1. Quanto mais próximo do 1 esse valor estiver, menor está sendo o uso de energia reativa — o que indica um emprego eficiente da energia e um bom dimensionamento dos equipamentos.

De acordo com a regulamentação vigente, o fator de potência ideal tem como limite 0,92. Ou seja, valores abaixo disso indicam que está havendo um excesso de energia reativa nos campos magnéticos dos sistemas. É por isso que corrigir o fator de potência é a forma mais indicada de evitar as despesas com energia reativa.

Redimensione os equipamentos

A primeira medida para reduzir a demanda por energia reativa envolve redimensionar a quantidade de equipamentos ligados, principalmente, os motores que são os grandes vilões quando falamos de energia reativa. Por isso, avalie a necessidade de uso de cada equipamento que utiliza a energia reativa, limitando a sua exigência ao mínimo possível.

Além de desligar os equipamentos ociosos, reavalie junto a um profissional a possibilidade de distribuir a carga entre diferentes circuitos, restringindo a circulação da energia reativa apenas onde ela é necessária.

Use um banco de capacitores 

Quando o redimensionamento não for suficiente, é possível contar com o auxílio de um banco de capacitores — um equipamento que tem como principal missão corrigir o fator de potência, cuja relação explicamos mais acima. 

Ele faz isso fornecendo parte da energia reativa necessária ao funcionamento dos equipamentos que dependem dela para manter os campos magnéticos. Com isso, além da correção do fator de potência, há uma liberação de capacidade de todo o sistema de distribuição de energia. 

É importante também que o banco de capacitores esteja bem dimensionado. Eles precisam ser desligados total ou parcialmente, de acordo com o uso dos equipamentos, já que o excesso de energia reativa pode comprometer o sistema elétrico. 

Resolver a questão da energia reativa envolve uma avaliação completa da forma como a energia está sendo usada pela empresa. Portanto, o ideal é contar com apoio profissional para conhecer as melhores soluções e gerar a economia necessária, o que é justamente o trabalho da Gera. 

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